terça-feira, 5 de agosto de 2008

Backup Incremental de Servidores e Estações Windows em Servidores Linux com o RSYNC


Backup de Servidores e Estações Windows com o RSYNC.

Este Artigo está publicado no VivaoLinux em
http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Utilizando-o-RSYNC-para-fazer-backups-de-servidores-e-estacoes-Windows

1. Introdução

Quem utiliza o RSYNC para fazer backups entre máquinas Linux, sabe como é fácil manter backups centralizados e atualizados de forma fácil, eficiente e segura. E ainda mais se sua unidade de fita for em um servidor linux (como é o meu caso), você pode deixar seus scripts de backup rodando para reunir todos os dados importantes em uma única máquina para depois fazer o backup em fita magnética.

Antigamente (ou atualmente dependendo do Administrador da Rede) quando queríamos fazer backups entre servidores remotos e centralizá-los, geralmente utilizávamos o FTP, que através de alguns comandos é possível fazer a conexão, login e senha automático e ainda mandar todos os arquivos para serem feitos backups em um servidor.
O Grande problema ai é que o FTP manda a senha em texto plano pela rede e seus arquivos podem ser capturados durante a transferência.

O Rsync, como o nome sugere, é um programa que sincroniza remotamente os dados entre duas máquinas. Por ser baseado no antigo rcp (remote copy), o software herdou as propriedades de criptografia do protocolo SSH, o que torna sua transmissão de dados mais segura que o FTP.

Além das propriedades de segurança, o rsync utiliza o protocolo remote-update, o que aumenta assustadoramente sua velocidade e diminui a quantidade de dados transferidos, pois são trocados entre os servidores somente as diferenças entre dois grupos de arquivos.

Se alteramos uma dúzia de arquivos numa porção de centenas, ao executar um rsync do seu desktop para o servidor, somente os arquivos alterados serão enviados por upload e você ainda não corre o risco de algum espertinho utilizando um sniffer na rede capturar sua senha de FTP em texto plano.

Resumindo, existem pelo menos quatro situações onde o rsync pode te ajudar:

* copiando (ou sincronizando) arquivos entre dois diretórios locais;
* copiando (ou sincronizando) arquivos de sua máquina local para um servidor remoto;
* copiando (ou sincronizando) arquivos de um servidor remoto para sua máquina local;
* listando os arquivos de um diretório no servidor remoto (como um "remote ls").

Só uma curiosidade, o Rsync é feito pelo Andrew Tridgell, o mesmo autor do SAMBA.
Veja em: http://samba.anu.edu.au/rsync/

2. Como usar o RSYNC e SSH no Windows????

Vocẽ deve estar pensando em instalar o CYGWIN (http://www.cygwin.com/) para começar a o ssh e rsync não é? ESQUEÇA! Deixe o CYGWIN pra lá, existe um aplicativo chamando cwRsync que instala apenas o necessário para sua máquina Windows se comunicar com qualquer servidor Linux na hora, feito caldo de cana! E ainda é possível fazer um servidor, ou seja, o Windows ser um servidor Rsync para sincronização nas duas vias: Windows -> Linux e Linux -> Windows. Mas isto é objeto para outro artigo.

Uma dica, se você quiser basta copiar o diretório c:\Arquivos de Programas\cwRsync para qualquer estação que tem o mesmo efeito de usar o executável da instalação.

Bom, no Linux, já está tudo pronto, não precisa fazer nada (basicamente), pois a maioria das distribuições já trazem o ssh e rsync instalados por padrão, caso não tenha na sua distribuição, instale com o gerenciador de pacotes da sua preferência, ou baixe o código fonte e compile!

Rsync:
http://samba.anu.edu.au/rsync/

SSH:
http://www.openssh.com/

3 - A idéia!

O principal para mim é fazer os backups dos arquivos importantes do usuário sem que ele perceba que todos os seus dados estão sendo guardados de forma segura independente da vontade dele.
Por exemplo, você quer guardar os documentos da empresa ou ainda os emails corporativos.
Se você deixar esta responsabilidade nas mãos do usuário... bom ... você já sabe...
Mas que tal deixar uma tarefa agendada que faz isso diariamente... ????

4 - Obtendo e Instalando o cwRsync.

Você pode obter o cwRsync http://sourceforge.net/project/showfiles.php?group_id=69227&package_id=68081&release_id=615606

Basta baixar o primeiro arquivo: cwRsync_2.1.4_Installer.zip

Instale cwRsync_2.1.4_Installer.zip. confirmando todas as opções.

Pronto! Foi criado na pasta C:\Arquivos de Programas um diretório chamando cwRsync.
Lá contem os binários do ssh e rsync e um arquivo de exemplo que é auto explicativo, porém vamos a alguns exemplos.

4 - Configurando o Arquivo .bat ou .cmd para fazer a Sincronização.

O Funcionamento é simples, mas devem existir no cabeçalho do arquivo, a declaração de algumas variáveis, então deixa sempre o cabeçalho do arquivo desta forma:

@ECHO OFF
SETLOCAL
SET CWRSYNCHOME=%PROGRAMFILES%\CWRSYNC
SET CYGWIN=nontsec
SET HOME=%HOMEDRIVE%%HOMEPATH%
SET CWOLDPATH=%PATH%
SET PATH=%CWRSYNCHOME%\BIN;%PATH%

E logo abaixo destas linhas, pode começar a escrever as linhas que vão copiar seus diretórios e/ou arquivos para um servidor remoto.

5 - Exemplos

Em primeiro lugar, precisamos convencionar que:

C:\ para o rsync é /
C:\Arquivos de Programas para o Rsync é /"Arquivos de Programas"
C:\Arquivos de Programas\Microsoft Office para o Rsync é /"Arquivos de Programas/"Microsoft Office"

Opções:
--recursive ou -r = Cópia Recursiva, ou seja todos os arquivos e subdiretórios abaixo do diretório informado
-a = modo arquivo
-v = Modo detalhado (Verbose)

Então vamos aos exemplos:

Obs: Lembrando que todas as linhas abaixo são inteiras com enter apenas no final

Para o exemplo usaremos o servidor 192.168.0.1
Usuário do Servidor: root
Local: Um HD de Backup montado em /media/hd_backup

1 - Fazer Backup dos Emails do Outlook do Usuário Dailson
rsync -av /"Documents and Settings"/dailson/"Configurações Locais"/"Dados de aplicativos"/Microsoft/Outlook/outlook.pst root@192.168.10.202:/media/backup

2 - Fazer o Backup da Pasta C:\Sistema Empresa:
rsync -av --recursive /"Sistema Empresa" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

3 - Guardar a Pasta Meus Documentos do Usuário Dailson:
rsync -av --recursive /"Documents and Settings"/dailson/"Meus documentos" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

4 - Guardar a Pasta HOME inteira do Usuário Dailson:
rsync -av --recursive /"Documents and Settings"/dailson root@192.168.0.1:/media/hd_backup

5 - Fazer backup da Pasta do Banco de Dados da Empresa: C:\Banco de Dados
rsync -av --recursive /"Banco de Dados" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

Obs1: Lembrando que todas as linhas abaixo são inteiras com enter apenas no final

Então um script backup.bat completo com os exemplos acima ficaria desta forma:

@ECHO OFF
REM *********************************************************
REM Script de Backup
REM Autor: Dailson Fernandes
REM Data: 01/08/2008
REM Função: Faz o backup das pastas importantes do usuário
REM *********************************************************
SETLOCAL
SET CWRSYNCHOME=%PROGRAMFILES%\CWRSYNC
SET CYGWIN=nontsec
SET HOME=%HOMEDRIVE%%HOMEPATH%
SET CWOLDPATH=%PATH%
SET PATH=%CWRSYNCHOME%\BIN;%PATH%
rsync -av /"Documents and Settings"/dailson/"Configurações Locais"/"Dados de aplicativos"/Microsoft/Outlook/outlook.pst root@192.168.10.202:/media/backup

rsync -av --recursive /"Sistema Empresa" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

rsync -av --recursive /"Documents and Settings"/dailson/"Meus documentos" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

rsync -av --recursive /"Documents and Settings"/dailson root@192.168.0.1:/media/hd_backup

rsync -av --recursive /"Banco de Dados" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

6 - Opções que você deve saber

1 - Mantendo a Imagem do Backup idêntica a origem

Um backup feito com rsync vai ser feito de forma incremental. Porém se o usuário renomear um arquivo, apagar ou mover da origem (Por exemplo da pasta Meus Documentos) o rsync irá copiá-lo novamente. E irá ficar um fantasma no destino, ou seja. Se o usuário apagar alguns arquivo, eles continuaram no backup e o efeito colateral disso é que o backup irá crescer sem parar.
A idéia é fazer o seguinte, quando o usuário apagar um arquivo, o arquivo deve ser apagado do backup também.
A opção do rsync que faz isso é

--delete

Então a linha Correta para o backup da pasta meus documentos do exemplo anterior seria:

rsync -av --recursive --delete /"Documents and Settings"/dailson/"Meus documentos" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

2 - Evitando backup de alguns arquivos.

Você não deseja detonar seu espaço em disco com as músicas e filmes do seu usuário não é? Você pode dizer ao rsync para evitar alguns tipos de arquivos, bastando para isso usar a seguinte opção:

--exclude="O que se quer evitar"

Exemplo:

Vou evitar que vá para o backup os seguintes arquivos:

Arquivos de música (MP3, OGG, WAV, WMA...)
Arquivos de Filme (AVI, MPEG, MPG, FLV, MP4, WMV, AMV ...)
Programas e arquivos temporários (EXE, COM, TMP)
Fotos e imagens (JPG, JPEG, BMP ...)

Basta você separar com espaço e colocar quantas excessões quiser. E ainda pode utilizar coringas.
Por exemplo:

--exclude=*.jpg --exclude=*.avi --exclude=*.mp3 ...

O Nosso exemplo da pasta Meus Documentos já com estas opções tratadas neste tópico ficariam deste jeito:

rsync -av --recursive --delete -e "ssh -p 16117" --exclude=*.tmp --exclude=*.*~ --exclude=*.jpg --exclude=*.avi --exclude=*.mp3 --exclude=*.mp4 --exclude=*.wav --exclude=*.flv --exclude=*.wma --exclude=*.mpeg --exclude=*.mpg --exclude=*.wmv --exclude=*.exe --exclude=*.amv --exclude=*.com --delete /"Documents and Settings"/dailson/"Meus documentos" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

Neste caso, o Script completo ficaria desta forma:

Obs: Lembrando que todas as linhas abaixo são inteiras com enter apenas no final

Grave ele na raiz do C:\ e chame de backup.bat

@ECHO OFF
REM *********************************************************
REM Script de Backup
REM Autor: Dailson Fernandes
REM Data: 01/08/2008
REM Função: Faz o backup das pastas importantes do usuário
REM *********************************************************
SETLOCAL
SET CWRSYNCHOME=%PROGRAMFILES%\CWRSYNC
SET CYGWIN=nontsec
SET HOME=%HOMEDRIVE%%HOMEPATH%
SET CWOLDPATH=%PATH%
SET PATH=%CWRSYNCHOME%\BIN;%PATH%

rsync -av /"Documents and Settings"/dailson/"Configurações Locais"/"Dados de aplicativos"/Microsoft/Outlook/outlook.pst root@192.168.10.202:/media/backup

rsync -av --recursive --delete --exclude=*.tmp --exclude=*.*~ --exclude=*.jpg --exclude=*.avi --exclude=*.mp3 --exclude=*.mp4 --exclude=*.wav --exclude=*.flv --exclude=*.wma --exclude=*.mpeg --exclude=*.mpg --exclude=*.wmv --exclude=*.exe --exclude=*.amv --exclude=*.com /"Sistema Empresa" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

rsync -av --recursive --delete --exclude=*.tmp --exclude=*.*~ --exclude=*.jpg --exclude=*.avi --exclude=*.mp3 --exclude=*.mp4 --exclude=*.wav --exclude=*.flv --exclude=*.wma --exclude=*.mpeg --exclude=*.mpg --exclude=*.wmv --exclude=*.exe --exclude=*.amv --exclude=*.com /"Documents and Settings"/dailson/"Meus documentos" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

rsync -av --recursive --delete --exclude=*.tmp --exclude=*.*~ --exclude=*.jpg --exclude=*.avi --exclude=*.mp3 --exclude=*.mp4 --exclude=*.wav --exclude=*.flv --exclude=*.wma --exclude=*.mpeg --exclude=*.mpg --exclude=*.wmv --exclude=*.exe --exclude=*.amv --exclude=*.com /"Documents and Settings"/dailson root@192.168.0.1:/media/hd_backup

rsync -av --recursive --delete --exclude=*.tmp --exclude=*.*~ --exclude=*.jpg --exclude=*.avi --exclude=*.mp3 --exclude=*.mp4 --exclude=*.wav --exclude=*.flv --exclude=*.wma --exclude=*.mpeg --exclude=*.mpg --exclude=*.wmv --exclude=*.exe --exclude=*.amv --exclude=*.com /"Banco de Dados" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

7 - Simplificando o Script

Ao invés de ficar passando as opções em todas as linhas de comando, podemos simplificar o script colocando todas elas no início como uma variável.
Desta forma:

set opcoes=-av --recursive --delete --exclude=*.tmp --exclude=*.*~ --exclude=*.jpg --exclude=*.avi --exclude=*.mp3 --exclude=*.mp4 --exclude=*.wav --exclude=*.flv --exclude=*.wma --exclude=*.mpeg --exclude=*.mpg --exclude=*.wmv --exclude=*.exe --exclude=*.amv --exclude=*.com

Então o script ficaria desta forma:

@ECHO OFF
REM *********************************************************
REM Script de Backup
REM Autor: Dailson Fernandes
REM Data: 01/08/2008
REM Função: Faz o backup das pastas importantes do usuário
REM *********************************************************
SETLOCAL
SET CWRSYNCHOME=%PROGRAMFILES%\CWRSYNC
SET CYGWIN=nontsec
SET HOME=%HOMEDRIVE%%HOMEPATH%
SET CWOLDPATH=%PATH%
SET PATH=%CWRSYNCHOME%\BIN;%PATH%
set OPCOES=-av --recursive --delete --exclude=*.tmp --exclude=*.*~ --exclude=*.jpg --exclude=*.avi --exclude=*.mp3 --exclude=*.mp4 --exclude=*.wav --exclude=*.flv --exclude=*.wma --exclude=*.mpeg --exclude=*.mpg --exclude=*.wmv --exclude=*.exe --exclude=*.amv --exclude=*.com

rsync -av /"Documents and Settings"/dailson/"Configurações Locais"/"Dados de aplicativos"/Microsoft/Outlook/outlook.pst root@192.168.10.202:/media/backup

rsync %OPCOES% /"Sistema Empresa" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

rsync %OPCOES% /"Documents and Settings"/dailson/"Meus documentos" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

rsync %OPCOES% /"Documents and Settings"/dailson root@192.168.0.1:/media/hd_backup

rsync %OPCOES% /"Banco de Dados" root@192.168.0.1:/media/hd_backup

Simplificou bastante!!!

8 - Usando a Tarefa agendada ou o AT do Windows

Bom, já que todo o trabalho está feito, só falta agendar a tarefa para que este script seja executado diariamente, ou de acordo com a sua necessidade.
Mas não custa nada lembrar, que da primeira irá acontecer o seguinte:

1 - Somente da primeira vez que você rodar o script, o rsync (ssh) irá pedir para você aceitar a chave do host no qual você está mandando os dados. Para isso basta digitar yes e pronto. Esta pergunta não irá acontecer novamente.

2 - A primeira cópia é completa e dependendo da quantidade de dados irá demorar um pouco. Porém se imediatamente após a cópia você chamar o script novamente, irá ver que o rsync não vai fazer nada. O Rsync a partir da segunda cópia, só vai copiar os arquivo que foram alterados, criados ou irá deletar do backup o que foi deletado da origem.

3 - Para agendar a tarefa deste script rodar automaticamente diariamente ou a sua escolha vá em tarefas agendadas do windows em Iniciar/Programas/Acessórios/Ferramentas/Tarefas Agendadas. Ou se preferir, use o AT do windows, que é um agendador de tarefas semelhante ao do linux que também roda em linha de comando.
Se quise aprender sobre o AT no Windows, visite a seguinte página:

http://support.microsoft.com/kb/313565/pt-br

9 - Fazendo com que o backup não peça senha

Antes da cópia começar, o login é feito via ssh. Nesta hora o login é passado pela string root@192.168.0.1:/media/hd_backup, porém imediatamente depois é solicitada a senha.
Então este incomodo é gerado, ou seja, toda vez que a tarefa agendada iniciar o script de backup, a senha será solicitada. E se o usuário não tiver na frente do computador? Ou se esse backup for feito de madrugada?
Para resolver este problema, basta gerar as chaves pública e privada e fazer com que o cwRsync comece o backup sem intervenção humanda.

1 - Gerando as chaves

No servidor linux, gere as chaves públicas e privadas da seguinte forma:
No usuário que você irá fazer a conexão sem senha (vou utilizar o root como exemplo)

Digite no terminal:

ssh-keygen

Quando perguntado para entrar com uma "passphrase", apenas tecle "Enter" duas vezes para que fique em branco, caso contrário esta frase precisará ser digitada posteriormente.

A saída do comando é esta:

Generating public/private rsa key pair.
Enter file in which to save the key
(/root/.ssh/id_rsa):
Enter passphrase (empty for no passphrase):
Enter same passphrase again:
Your identification has been saved in
/root/.ssh/id_rsa.
Your public key has been saved in
/root/.ssh/id_rsa.pub.
The key fingerprint is:
xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx:xx

Pronto foram geradas suas chaves públicas e privada dentro do diretório /root/.ssh
São elas:
/root/.ssh/id_rsa (A privada)
/root/.ssh/id_rsa.pub (A pública)

Agora faça o seguinte:

cat /root/id_rsa.pub >> /root/.ssh/authorized_keys

É importante que a chave pública (id_rsa.pub) seja adicionada (usando o sinal de maior maior ">>") dentro do arquivo "authorized_keys", pois podem haver outros clientes registrados neste mesmo arquivo.

E pegue o arquivo /root/.ssh/id_rsa (a sua chave privada) e copie no seguinte diretório na sua máquina windows:
c:\Documents and Settings\seu_usuario\.ssh

Pronto!

Agora roda novamente o backup.bat e veja que o backup é feito sem nenhuma interferência.

A chave Privada está em "/root/.ssh/id_rsa" e a Pública em "/root/.ssh/id_rsa.pub".

10 - Conclusões e Créditos

Este Artigo está publicado no VivaoLinux em
http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Utilizando-o-RSYNC-para-fazer-backups-de-servidores-e-estacoes-Windows

Bom. Estou compartilhando a solução que achei em meu trabalho de fazer backups de Servidores e Estações Windows de forma segura e íntegra.
Utilizo esta forma a alguns anos sem quaisquer tipos de problemas.
Existem muito mais opções que podem ser utilizadas com rsync. Para isso consulte o manual. Ele é muito bom e explicativo.

Se você tiver no linux, digite man rsync ou consulte ele na web em http://www.samba.org/ftp/rsync/rsync.html

A Introdução foi retirada do artigo de Fábio Bebert de Paula em http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Transferindo-arquivos-com-o-rsync/

Geração de Chaves:
http://www.vivaolinux.com.br/artigo/Conexoes-SSH-sem-senha-facil-e-descomplicado/

E Lembrem-se ...

Flames > /dev/null!!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Dica: Ubuntu atualizado Diariamente



Se você for baixar o Ubuntu para instalar em seu micro e for pegar o que está nos espelhos e site da Canonical, você terá que se deparar com mais de 300MB de atualização.

Ao invés disso, pode pegar uma imagem de instalação totalmente atualizada.

O Próprio pessoal da Canonical faz isso.

Basta acessar http://cdimage.ubuntu.com/hardy/daily-live/current/

E Baixar o Ubuntu que é feito diariamente.
Clique em PC (Intel x86) desktop CD para baixar a imagem para PC 32 bits.
Clique em 64-bit PC (AMD64) desktop CD para baixar imagem para PC 64 bits.

Arte (NERD) Com cabos de Rede

É Coisa pra Russo ver!!! Realmente, porque vem de um site russo. Os caras não tem o que fazer e arrumam.
Além destas maneiras, tem mais algumas outras em http://basik.ru/handmade/2066/




terça-feira, 29 de julho de 2008

Formas de ataque, intrusão, invasão e detecção de intrusão.

1. Introdução

"Um ataque corresponde a um comprometimento em nível de sistema de segurança através de um ato inteligente ou deliberado, afetando serviços e violando política de um sistema.” (SHIREY, 1995).

Um Sistema Operacional, qualquer ele que seja, feito por colaboradores, open source, gratuito ou proprietário é dotado de falhas. Um sistema destes é composto por dezenas de softwares, milhares de linhas de código, rotinas, sub-rotinas, funções, drivers e chamadas de redes que apesar de todas os esforços e testes das empresas que o fazem antes do seu lançamento oficial, acaba aparecendo problemas em poucos dias de uso. Estes problemas, comumente chamados de “brechas”, vulnerabilidades ou ainda “furos”, acabam dando oportunidade de ataque e de acesso indevido ao sistema. As empresas se esforçam, liberando versões beta para que o público especializado (programadores, analistas de segurança e usuários da ferramenta) use e avise dos possíveis problemas para que seja corrigido antes do lançamento da versão final. Porém isso não é o bastante, é impossível a qualquer companhia produtora de sistemas ter testado todos os modos de uso e todas as situações que aquele programa irá passar... daí aparecem os famosos bugs dando oportunidade a alguns de se aproveitarem e usarem isso em benefício próprio ou com o intuito de prejudicar algo ou alguém.

Para se precaver contra estas vulnerabilidades no sistema é que existem profissionais nas empresas que cuidam para que estes problemas possam ser sanados de forma rápida e eficaz. O Administrador de Redes e/ou o Analista de Segurança tem que estar informado através do site do fabricante do sistema ou de sites especializados em publicação de boletins de segurança para ter acesso a estas informações o mais rápido possível e sanar estes problemas o quanto antes. Os fabricantes Sistemas Operacionais geralmente trazem no seu sistema ferramentas que fazem a atualização dos seus programas através da internet resolvendo o problema imediatamente. Esses patchs são baixados e instalados de forma rápida e fácil, porém não basta só aplicar os patchs, é necessária toda uma política de segurança sustentável que deve ser seguida à risca na empresa e ser medida, testada e avaliada periodicamente.

Para diminuir ao máximo as brechas de segurança dos seus sistemas, são necessários alguns cuidados como:
  • Manter seus sistemas atualizados;
  • Procurar usar versões estáveis dos programas utilizados;
  • Executar os serviços necessários na máquina evitando que portas sejam abertas sem necessidade;
  • Cuidado ao usar a conta do administrador;
  • Cuidar da segurança física das suas máquinas e do acesso a elas;
As maiorias das invasões acontecem por que algum serviço foi mal configurado ou está desatualizado. Mantendo estes métodos, com certeza a probabilidade de ataques diminui bastante, mas não evita o inevitável.

2. Intrusões

“A intrusão ou ataque podem ser definidos como qualquer conjunto de ações que tentam comprometer a integridade, confidencialidade ou disponibilidade de um recurso computacional, independente do sucesso ou não destas ações” (SOUZA, 2002).

Em geral, um ataque é cuidadosamente bem calculado, principalmente porque o atacante não quer ser identificado e se possível quer continuar tendo acesso irrestrito ao local invadido.

Não há regras para determinar os métodos dos atacantes, nem estilo. Mas é provável que o invasor comece em conhecer o sistema, em usar programas para rastrear os servidores e levantar as portas abertas. Este passo é compreendido pela Coleta de informação. É possível também nesta fase fazer a varredura dos servidores encontrados para descobrir as versões dos sistemas operacionais utilizados e as versões dos programas que mantém os serviços funcionando. Só após estes passos é que o atacante irá preparar ferramentas para poder tentar fazer a penetração no sistema ou simplesmente tentar fazer negação de serviço ou redirecionamento de tráfego para roubo de informações. Nesta fase, se for possível, o atacante poderá tentar deixar as portas abertas através de um backdoor ou um rootkit para que a sua entrada no sistema invadido seja mantida em sigilo e sempre facilitada. Como passo final, o invasor poderá tentar apagar seus rastros, excluindo ou burlando os sistemas de log do sistema.

Não existe um plano de ataque pré-definido, ou uma regra, mas com certeza alguns dos passos descritos acima são utilizados para que um invasor consiga ter sucesso na sua ação.

3. Qual o motivo das Invasões?

A resposta para esta pergunta não é simples. Os motivos pelos quais alguém tentaria invadir sua rede ou computador são inúmeros. Alguns destes motivos podem ser:

  • Utilizar seu computador em alguma atividade ilícita, para esconder a real identidade e localização do invasor;
  • Utilizar seu computador para lançar ataques contra outros computadores;
  • Utilizar seu disco rígido como repositório de dados;
  • Destruir informações (vandalismo);
  • Disseminar mensagens alarmantes e falsas;
  • Ler e enviar e-mails em seu nome;
  • Propagar vírus de computador;
  • Furtar números de cartões de crédito e senhas bancárias;
  • Furtar a senha da conta de seu provedor, para acessar a Internet se fazendo passar por você;
  • Furtar dados do seu computador, como por exemplo, informações do seu Imposto de Renda. (CARTILHA, 2006)

Existem diversos tipos de ataque, os intrusivos e os não intrusivos. Geralmente são utilizados ataques não intrusivos, aqueles que não comprometem seus dados nem sua confidencialidade, porém compromete seus serviços. São os famosos ataques de negação de serviço, onde o atacante deseja que sua rede, link ou servidor pare de funcionar e não responda mais aos serviços. Abaixo, citarei os principais tipos de ataques e pragas virtuais e a função de cada um deles.

Referências:

Shirey, Robert W. Security requirements for network management data / Robert W. Shirey Computer Standards & Interfaces, Lausanne, V.17,n.4 (Sept.1995), p.321-331

Cartilha de Segurança da Internet, http://nic.br , http://cert.br e http://cartilha.cert.br .Acessado em 22 de Junho de 2007

Souza, Marcelo. Readaptação do modelo ACME para detecção de novas técnicas de
intrusão.
Monografia de Graduação. UNESP – Departamento de Ciência da Computação e Estatística, São José do Rio Preto - SP, 2002.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Automatizando a Geração de BlackLists do Squid

Aqui no Site, tenho publicado algumas Blacklists.
Aqui segue uma dica, para você turbinar seu Squid com as regras mais recentes de alguns sites.
Dica:
Use a minha blacklist junto com a BlackList do site http://www.malware.com.br desta forma:
Estas blacklists são atualizadas constantemente. Então crie o seguinte script e coloque ele para rodar 2 ou 3 vezes por semana.

Dica: Copie e cole no seu editor de textos predileto como kate ou gedit que as linhas aparecerão de forma correta e não quebrada como está aqui no blog.

Script:

################################################
#!/bin/bash
# Script para Atualizar BlackList automaticamente
# Autor: Dailson Fernandes - http://www.dailson.com.br
# Licenca: GNU/GPL
################################################
# Baixa a nova versao da Blacklist
/usr/bin/wget -O - http://www.malware.com.br/cgi/submit?action=list_squid > /etc/squid/malware.txt

# Ativa as regras no Squid
squid -k reconfigure

Para utilizar esta Blacklist no squid abra o squid.conf e faça:
acl malware_block_list url_regex -i "/etc/squid/malware.txt"
http_access deny malware_block_list

sexta-feira, 18 de julho de 2008

As vezes analogias ajudam...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Personalizando o HLBR - IPS Invisível


INTRODUÇÃO:

O HLBR é um projeto brasileiro destinado à segurança em redes de computadores. O HLBR é um IPS (Intrusion Prevention System) bastante eficiente e versátil, podendo ser usado até mesmo como bridge para honeypots e honeynets. Como não usa a pilha TCP/IP do sistema operacional, ele é "invisível" a outras máquinas na rede e atacantes, pois não possui número de IP.

Para você entender do que vamo tratar aqui, primeiramente você deve conhecer o Projeto HLBR e as definições de IPS e IDS.
Aqui também serão tratados artifícios de gerar regras, análise de regras pré-existentes e arquivos de configuração.
Todo este conhecimento, você adquire no artigo anterior do nosso blog que pode ser acessado aqui: http://www.dailson.com.br/2008/07/tutorial-de-instalao-do-hlbr-verso.html ou VivaoLinux que você acessa através deste link http://www.vivaolinux.com.br/artigos/verArtigo.php?codigo=8511

A Versão 1.5-RC2 do HLBR vem com 144 Regras pre-definidas, porém se você apenas instalar e não ativar alguns tipos de regras nem todas irão para a execução.
Existem um conjunto de 4 arquivos que trazem regras que devem ser analisadas pelo Admininistrador antes de coloca-las em produção.
Isto é muito importante, porque por definição, o IPS - Intrusion Prevent System está para bloquear e não para lhe avisar do que pode está acontecendo de errado, ou seja, o IPS não pode se dar ao luxo de ter falso-positivo. As regras não podem barrar o acessos legítmos, se isso acontecer, o seu serviço/site fica fora do ar e na agonia de tentar resolver, você fica procurando problemas no serviço/servidor e não encontra nada, porém o IPS tá barrando o acesso antes que ele chegue no destino.

AS REGRAS A SEREM ANALISADAS.

O Arquivo /etc/hlbr/hlbr.rules indica que regras ele deve carregar na detecção de ataques.
A Sintaxe é a seguinte:

<include localização/arquivo_de_regra.rules>

Exemplo:

<include rules/cisco.rules>

A linha acima esta dizendo, que a partir do diretorio que estou (/etc/hlbr) tem o diretorio rules e dentro dele esta o arquivo cisco.rules que pode ter uma ou mais regras que serão carregadas na memória.

O Arquivo padrão hlbr.rules é o seguinte:

<include rules/awstats.rules>
<include rules/bufferoverflow1.rules>
<include rules/bufferoverflow2.rules>
<include rules/bufferoverflow3.rules>
<include rules/cisco.rules>
<include rules/codered-nimda.rules>
<include rules/coppermine.rules>
<include rules/dnsattacks.rules>
<include rules/joomla.rules>
<include rules/mailvirus.rules>
<include rules/passwd.rules>
<include rules/shell.rules>
<include rules/spam.rules>
<include rules/webattacks.rules>


# As regras dos arquivos abaixo deverao ser analisadas antes de serem
# utilizadas. Isso porque elas poderao interromper parte do trafego legitimo
# da rede.
# The rules of the files below must be analysed before being used. That is
# because they are able to interrupt part of the legitimate network traffic.
#
#<include rules/http.rules>
#<include rules/php.rules>
#<include rules/sql-xss.rules>
#<include rules/www.rules>


Note que há um aviso que as seguintes regras devem ser analisadas
#<include rules/http.rules>
#<include rules/php.rules>
#<include rules/sql-xss.rules>
#<include rules/www.rules>

Não vamos aqui comentar todas as regras, mas vamos analisar algum caso antes de ativa-las.

ANALISANDO O www.rules

O o arquivo /etc/hlbr/rules/www.rules traz regras que se ativadas sem a sua devida atenção poderá colocar todos os teus serviços www fora do ar.

Veja a primeira regra:

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp nocase(.asp)
message=(www-1) .asp request
action=action1
</rule>

<rule> .... </rule>
São as TAGS que definem uma regra

ip dst (www)
o alvo desta regra são todos os servidores declarados no arquivo /etc/hlbr/hlbr.conf na seção www

tcp dst(80)
Especificando a porta destino do serviço web que será monitorada

tcp nocase(.asp)
Especifica um conteudo, dentro de um trafego TCP. O content considera a caixa do caractere (diferencia caracteres maiusculos e minusculos).
Espacos serao considerados como caracteres. Sequencias de bytes em
hexadecimal poderao ser inseridas entre caracteres "pipe".
Então se for solicitada qualquer string .asp ou seja, páginas de um servidor ASP a seguinte ação será tomada

action=action1
No arquivo /etc/hlbr/hlbr.conf está definido que a ação action1 é para negar pacotes. Isso quer dizer que se você tem páginas em asp e liberar esta regra, todas as suas páginas estarão inatingíveis a partir de agora.

Caso vocẽ não tenha servidores asp, esta regra pode ser liberada sem problemas e evita que invasores fiquem fazendo testes para tentar descobrir a linguagem de páginas utilizada em alguns servidores.

Pela explicação acima, veja que você consegue entender as outras regras:

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp nocase(.php)
message=(www-2) .php request
action=action1
</rule>

A Regra acima bloqueia acesso a páginas em PHP

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp nocase(.shtml)
message=(www-3) .shtml request
action=action1
</rule>

A Regra acima bloqueia acesso a páginas em SHTML

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp nocase(.xml)
message=(www-4) .xml request
action=action1
</rule>

A Regra acima bloqueia acesso a páginas em XML

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp nocase(.pl)
message=(www-5) .pl request
action=action1
</rule>

A Regra acima bloqueia acesso a páginas em PERL.

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp nocase(/cgi-bin/)
message=(www-6) cgi request
action=action1
</rule>

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp nocase(.cgi)
message=(www-7) cgi request
action=action1
</rule>

As Regras acima bloqueia acesso a execução de CGI-BIN

O ARQUIVO http.rules

Trazem regras que podem bloquear alguns métodos HTTP como o POST, DELETE, TRACE, OPTIONS entre outros.
Não vamos entrar nos méritos dos métodos, porém se você quiser proibir estes métodos, pode liberar a seguinte linha no arquivo /etc/hlbr.rules

#<include rules/http.rules>

E analisar cada uma das regras que estão no arquivo http.rules
Vejam elas:

# For your security SEARCH and CONNECT methods must be blocked.

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp regex(^SEARCH )
message=(http-1-re) buffer overflow with search
action=action1
</rule>

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp regex(^CONNECT )
message=(http-2-re) open proxy search
action=action1
</rule>

# Uncomment the following rule if you want to block POST.

#<rule>
#ip dst(www)
#tcp dst(80)
#tcp regex(^POST )
#message=(http-3) POST method
#action=action1
#</rule>

Veja aqui que regra de POST é comentada por padrão, porque negá-la pode fazer teu serviço WWW não funcionar.

# Comment the following rule if you don't want to block PUT. By the way, do you need PUT?

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp regex(^PUT )
message=(http-4-re) PUT method
action=action1
</rule>

# Uncomment the following rule if you want to block OPTIONS.

#<rule>
#ip dst(www)
#tcp dst(80)
#tcp regex(^OPTIONS )
#message=(http-5-re) OPTIONS method
#action=action1
#</rule>

# Comment the following rule if you don't want to block TRACE. By the way, do you need TRACE?

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp regex(^TRACE )
message=(http-6-re) TRACE method
action=action1
</rule>

# Comment the following rule if you don't want to block DELETE. By the way, do you need DELETE?

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp regex(^DELETE )
message=(http-7-re) DELETE method
action=action1
</rule>

COMO COMEÇAR A ESCREVER REGRAS PARA O HLBR?

Este é um passo que requer atenção, pesquisa e alguns testes.
Em primeiro lugar você deve ler o README que vem no diretorio do HLBR.
Lá existem dicas preciosas de como você começá-las a construi-la. Lá também você consulta os parâmetros possíveis e as ações que o HLBR pode tomar.

Em segundo lugar, ler LOGs, lá você vai encontrar o que estão tentando fazer com seus servidores, quais são os erros comuns e os strings que estão sendo "injetadas" nos seu servidor.
Neste passo aconselho a instalação de programas que auxiliam na leitura de logs como o LOGWATCH, SWATCH e AWSTATS.
Um bom exemplo é aqui na empresa. Constatei vários acessos a uma dll em meu servidor. Esta dll é a owssvr.dll e vi que é um ataque as expressões do frontpage.
Ao longo do artigo, vou ensinar a escrever algumas regras inéditas. Esta regra, será uma delas.

Em terceiro lugar, é bom você conhecer um pouco de expressões regulares, não é obrigatório, porém importante.
Expressões Regulares define um padrão a ser usado para procurar ou substituir palavras ou grupos de palavras. É um meio preciso de se fazer buscas de determinadas porções de texto.
Por exemplo, se o conjunto de palavras for {asa, carro, jardim, ovos, terra} e a expressão regular buscar por um padrão rr, obterá as palavras carro e terra.
Existem vários caracteres especiais chamados metacaracteres nas Expressões Regulares para fazer uma busca avançada de palavras dentro de uma frase. (Fonte: wikipedia)

Por exemplo:

Existe um ataque básico a um servidor HTTP que pode ser visto neste vídeo: http://ufpr.dl.sourceforge.net/sourceforge/hlbr/http_attack_sample.avi que é a tentativa do atacante passear no hd do servidor, tentando descer na árvore de diretórios chamando os caracteres ../
Exemplo:

http://www.vivaolinux.com.br/../../

Se o servidor do vivaolinux tivesse esta vulnerabilidade eu conseguiria ver a raiz do disco do servidor (caso a páginas dele esteja hospeadada em /var/www)

Ou ainda posso tentar ver os arquivos de senha do servidor:

http://www.vivaolinux.com.br/../../etc/passwd
http://www.vivaolinux.com.br/../../etc/shadow

Com o HLBR, basta eu ter a seguinte regra:

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
http regex(\.+(/|\\)+)
message=(webattacks-1-re) directory change attempt (unicode,asc,plain)
action=action1
</rule>


Veja a expressão regular:

http regex(\.+(/|\\)+)

Ou seja, se na URL vier . (ponto) seguido de barras sejam elas normais (/) ou invertidas (\) o hlbr toma a ação action1 que é bloquear e colocar em log.

Quem quiser enveredar ou se especializar em Expressõres Regulares, aconselho o site do Aurelio Marinho Jargas: http://aurelio.net/er

ESCREVENDO REGRAS PRA VALER:

Na comunidade, lancei algumas regras contra IP SPOOFING, que é a técnica que o invasor esconde seu IP para que apareça errado nos logs.
Isto pode ser feito no seu firewall, mas como é um ataque conhecido, eu deixo no meu HLBR aqui no trabalho.
Como o HLBR não traz estas regras por padrão, é necessário nós fazermos dois passos:

Primeiro:
Cadastrar o arquivo de regras no /etc/hlbr/hlrb.rules

<include rules/spoof.rules>

Segundo:

Criar o arquivo /etc/hlbr/rules/spoof.rules com o seguinte conteúdo:

# name: spoof.rules
# created by: Dailson Fernandes - http://www.dailson.com.br
# date: 15 Dec 07
# update: none
# version: 1.0
# target: block ips spoofed

<rule>
ip dst(servers)
ip src(10.0.0.0/8)
message=(spoof-1) Ip spoof Network 10.0.0.0/8
action=action1
</rule>

<rule>
ip dst(servers)
ip src(172.16.0.0-172.31.255.255)
message=(spoof-2) Ip spoof Network 172.16.0.0-172.31.255.255
action=action1
</rule>

<rule>
ip dst(servers)
ip src(192.168.0.0-192.168.255.255)
message=(spoof-3) Ip spoof Network 192.168.0.0-192.168.255.255
action=action1
</rule>

Ou se você preferir, baixe este arquivo de regras aqui.

Depois salvar o arquivo e reiniciar o HLBR para ter as regras em execução.
Note que qualquer conexão vindo da WAN com ip de rede local serão bloqueadas.

ESCREVENDO UMA REGRA CONTRA ATAQUES A EXTENSÕES DO FRONTPAGE

Como citei no tópico "Como começar a escrever regras para o HLBR?" Vi que haviam tentativas de acesso a uma DLL inexistente em meu servidor WEB. Com pesquisas na Internet vi que a DLL owssvr.dll é uma extensão do frontpage e um conhecido ataque a servidores IIS da Microsoft.

Nos logs apareciam assim:

"GET /_vti_bin/owssvr.dll?UL=1&ACT=4&BUILD=4518&STRMVER=4&CAPREQ=0 HTTP/1.1"
"GET /_vti_bin/owssvr.dll?UL=1&ACT=4&BUILD=4518&STRMVER=4&CAPREQ=0 HTTP/1.1"
"GET /owssvr.dll HTTP/1.1"
"GET /owssvr.dll HTTP/1.1"
"GET /_vti_bin/owssvr.dll?UL=1&ACT=4&BUILD=6551&STRMVER=4&CAPREQ=0 HTTP/1.1"

Para barar este tipo de ataque, basta você escrever a seguinte regra:

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
http content(/owssvr.dll)
message=(webattacks-17) frontpage extensions attack
action=action1
</rule>

Se você deseja fazer o download desta regra clique aqui

Ela deve ser colocada no arquivo /etc/hlbr/rules/webattacks.rules. Como lá já existem 16 regras, ai você complementa com a 17.
Reinicia o HLBR
Deixa o log em visualização com o tail -f /var/log/hlbr/hlbr.log
E tenta fazer algo do tipo:
www.seuservidor.com.br/owssvr.dll e veja o HLBR pegando este ataque.

Mas veja o seguinte, no próprio arquivo webattack.rules tem a seguinte regra:

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
tcp content(/_vti_bin/)
message=(webattacks-12) fp call attempt
action=action1
</rule>

Que já bloqueia qualquer tipo de acesso ao diretório _vti_bin onde fica a dll. Já bloqueando o seguinte ataque:
"GET /_vti_bin/owssvr.dll?UL=1&ACT=4&BUILD=4518&STRMVER=4&CAPREQ=0 HTTP/1.1"
"GET /_vti_bin/owssvr.dll?UL=1&ACT=4&BUILD=4518&STRMVER=4&CAPREQ=0 HTTP/1.1"

Porém não bloqueando este:
"GET /owssvr.dll HTTP/1.1"
"GET /owssvr.dll HTTP/1.1"

Fazendo necessária a inclusão desta regra.

Bônus: Escrevendo uma regra contra SQL-INJECTIONS

Na regra abaixo, eu consigo bloquear técnicas como SQL INJECTION, onde o atacante pode tentar acessar o banco de dados SQL da nossa aplicação e mandar comandos maliciosos para apagar ou consultar senhas e usuários.

(?:^\s*[;>"]\s*(?:UNION|SELECT|CREATE|RENAME|TRUNCATE|LOAD|ALTER|DELETE|UPDATE|INSERT|DESC))|(?:(?:SELECT|CREATE|RENAME|TRUNCATE|LOAD|ALTER|DELETE|UPDATE|INSERT|DESC)\s+(?:CONCAT|CHAR|CONCAT|LOAD_FILE|0x)\s?\(?)|(?:END\s*\);)|("\s+REGEXP\W)

Esse palavrão ai todo está proibindo comandos SQL via protocolo HTTP e portanto protegendo nosso servidor contra SQL INJECTIONS. Esta regra contempla todos os comandos e opções além de técnicas de escondê-las.

Então a regra poderia ser colocada no arquivo /etc/hlbr/rules/sql-xss.rules e deve ficar assim:

<rule>
ip dst(www)
tcp dst(80)
regex((?:^\s*[;>"]\s*(?:UNION|SELECT|CREATE|RENAME|TRUNCATE|LOAD|ALTER|DELETE|UPDATE|INSERT|DESC))|(?:(?:SELECT|CREATE|RENAME|TRUNCATE|LOAD|ALTER|DELETE|UPDATE|INSERT|DESC)\s+(?:CONCAT|CHAR|CONCAT|LOAD_FILE|0x)\s?\(?)|(?:END\s*\);)|("\s+REGEXP\W))
message=(sql-xss-5) Detects concatenated basic SQL injection and SQLLFI attempts
action=action1
</rule>

Se você deseja fazer o download desta regra clique aqui

CONCLUSÃO:

O HLBR é um projeto promissor, e o grande coração dele são as regras e personalizações. Para isso convidamos a toda comunidade a portar regras de outros projetos, ataques conhecidos e casos particulares que acontecem em cada servidor.

No próximo artigo, vou apresentar novas regras e como porta-las através de scritps.

Um grande abraço a todos e lembrem-se...

FLAMES > /dev/null !!!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

70 Papéis de (WallPaper) Parede do Firefox

PessoALL

Para quem gosta de Papel de Parede (Wallpaper), neste blog tem 70 opções com o tema Firefox e Thunderbird. Tem para todo gosto.

Para baixar todos de uma vez, pegue a dica da comunidade mzevbr e baixe neste link

sexta-feira, 11 de julho de 2008

BlackLists


Publicação das Listas Negras Que utilizo em produção no meu trabalho.

Garantia:
Utilize-as por sua conta e risco e não há nenhuma garantia da minha parte por quaisquer danos que ela possa vir a causar.

Todas elas são utilizadas em ambiente de produção. ;)

Sites que matém BlackLists

BlackList Email (Postfix):

BlackList para Acesso HTTP (Squid)

BlackList para Acesso FTP

BlackList da Spamhaus:

Em breve, lista de ataques SSH e Scaneadores de Redes.

BlackList Ftp

Blacklist utilizada em produção na minha rede.
É uma coletânea das redes que fazem ataques ao servidor FTP aqui do meu trabalho.
Esta é a primeira versão.

BlackList FTP Versão 1.0
Linhas: 109
Data: 11/07/2008
Donwload BlackList FTP 1.0

BlackList Postfix

Blacklist utilizada em produção na minha rede.
É uma miscelânea de várias blacklists, incluindo algumas listas do fórum postfix-br e outras de amigos administradores. Bloqueia Redes de Spammers e usuários de ADSL.
Esta é a primeira versão.

BlackList Postfix Versão 1.0
Linhas: 514
Data: 11/07/2008
Donwload BlackList Postfix 1.0

BlackList Squid

Blacklist utilizada em produção na minha rede.
É uma miscelânea de várias blacklists, incluindo a do Spybot, Malware.com.br, SquidGuard e outras de amigos administradores. Bloqueia Banners, Popupus e Adware.
Esta é a primeira versão.

Dica: Se quiser turbinar com outra Blacklist automática, veja esta dica

Veja Aqui os sites que mantém BlackLists

BlackList Squid Versão 1.0
Linhas: 27958
Data: 11/07/2008
Donwload BlackList 1.0

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Tutorial de Instalação do HLBR Versão 1.5Rc2



O Emprego de uma Bridge como IPS
Para detecção de tráfego anômalo em redes.


Sistemas de Detecção de Intrusos são utilizados para perceber tráfego anômalo em uma rede de dados e tomar decisões de acordo com as regras e configurações definidas pelo gestor de segurança da rede. Estes sistemas são divididos ativos e reativos. Os sistemas ativos, também conhecidos como IDS (Intrusion Detection Systems), percebem o tráfego malicioso fazem a gravação em log e alertam o administrador da rede sobre o que está acontecendo. Os sistemas reativos, conhecidos como IPS (Intrusion Prevention System), tem todas as características do sistema ativo, porém é capaz de tomar decisões e interferir no tráfego malicioso e tornar o ataque inviável. Em alguns sistemas IDS é possível torná-lo em IPS bastando ativar as configurações para que ele intervenha no tráfego. Esta artigo tem como objetivo mostrar a instalação e configuração do HLBR, que é um IPS brasileiro, open source que tem como principal característica a sua “invisibilidade” na rede e sua fácil configuração.

O Que é o HLBR?

O HLBR (Hogwash Light Brasil) é Sistema de Detecção de Intruso que trabalha de forma reativa o que o classifica como IPS, baseado no IPS HOGWASH desenvolvido originalmente por Jason Larsen que colhe dados diretamente na camada 2 do Modelo OSI. Funcionando como uma bridge, sendo capaz de interceptar tráfego malicioso baseado em arquivos de regras e assinaturas de ataques. O HLBR é invisível na rede e é praticamente impossível de ser detectado pelo atacante. Esta característica é possível pelo fato do HLBR não alterar o cabeçalho dos pacotes. O fato de citar que é praticamente impossível de ser detectado é porque até então ainda nenhuma atacante não conseguiu comprovar sua presença na rede. O HLBR se comporta como um ativo de rede, como uma Ponte, Hub ou Switch. Isto é possível pelo fato de suas placas de redes não usarem endereços de IP ou ainda, usar endereços de Ip não roteáveis.

Atuação do HLBR em relação ao Modelo ISO/OSI

O HLBR é responsável em fazer a ponte entre as placas de rede da máquina. Por essa razão, não há aplicativos intermediários como a Libcap para fazer tal trabalho. Todo o trabalho de capturar, desmontar, analisar e remontar é feito pelo HLBR. O HLBR é capaz de analisar o pacote TCP em todas as camadas do Modelo ISO/OSI e TCP. Ele lê os campos dos cabeçalhos de camada 2 (ethernet), 3 (cabeçalho IP) e 4 (TCP e UDP). São esses valores que são testados pelas regras. É importante notar que o próprio HLBR faz esse reconhecimento dos formatos dos cabeçalhos, sem o apoio da pilha TCP/IP do sistema operacional. Isso esclarece o fato do HLBR poder negar ataques na camada 2 do Modelo ISO/OSI mesmo a máquina onde ele está instalado não possuir número de IP.


1 - Hardware Necessário


O HLBR faz jus ao L (light), pois os recursos de hardware e software são mínimos, sendo possível instalar em máquinas consideradas antigas com processador de 200Mhz e 64 de Ram. e um HD de 2 GB. Estes requisitos são suficientes para o HLBR funcionar. Em relação aos adaptadores de rede, o HLBR necessita de no mínimo 2 placas para que seja possível fazer a ponte entre duas redes. O HLBR é capaz de formar mais de uma ponte em uma mesma máquina, sendo que para cada ponte, 2 placas de redes sejam utilizadas.

2 - Instalação do Sistema Operacional

Para instalar o HLBR aconselho que a máquina seja instalada com um Debian Minimal Install que pode ser adiquirido no seguinte link:

http://cdimage.debian.org/debian-cd/4.0_r3/i386/iso-cd/debian-40r3-i386-netinst.iso

Este sistema instala o mínimo necessário em uma máquina para ter o linux funcionando. Sem servidores e serviços adicionais, provendo assim uma maior proteção por não haver serviços extras sendo executados na ponte.

Um passo importante após a instalação do Debian Minimal Install é instalar os pacotes necessários para compilação de programas no linux. Para isto execute:


apt-get install build-essential

Em especial, a partir da versão 1.5, a biblioteca libpcre é necessária para que as expressõres regulares sejam utilizadas. Para isso você também deve instalar:

apt-get install libpcre3-dev libpcre3

Você pode usar a distribuição que você achar melhor, não há problemas. Também pode ser usado outros sabores *NIX como o FREEBSD. Porém vale salientar, que a equipe mantenedora do software recomenda Debian.

3 - Configurando o HLBR

a) Desativando o suporte a IP do Kernel

Para configurar o HLBR sem suporte a IP é necessário ter o código fonte do Kernel do Linux e recompilar sem o suporte a IP. Desta maneira as placas não terão nenhum tipo de endereçamento local sendo controladas pelo daemon do HLBR. Isso será necessário porque o TCP/IP irá conflitar com o fato dos adaptadores de rede estarem ativos sem endereço IP. Assim, o HLBR poderá ter problemas no seu funcionamento, como retardo nos no tráfego. (Eriberto Mota;André Bertelli, 2006)

Porém esta forma de configuração desabilita a possibilidade de analisar o tráfego com ferramentas sniffers como TCPDump, IPTraf e o Wireshark.

b) Utilizando Endereços de Loopback

Caso o usuário opte usar endereço de nas placas do HLBR para facilitar a configuração basta utilizar os endereços de loopback como 127.0.0.0/8. Por exemplo:

eth0 : 127.0.0.2

eth1 : 127.0.0.3

Esta maneira é bem mais fácil de fazer, e não diminui a segurança do sistema em nada, pois endereços de loopback não são roteáveis. E ainda acrescenta a possibilidade de uso de Analisadores de Tráfego como o TCPDump, IPTraf e o Wireshark na camada 3 do modelo ISO/OSI (camada de rede), é possível também com esta configuração que um IDS como o Snort possa colher dados para análise e confecção de novas regras caso seja instalado na mesma máquina.


4- Instalação do HLBR.

a) Baixe o código fonte em:

wget http://ufpr.dl.sourceforge.net/sourceforge/hlbr/hlbr-1.5rc2.tar.gz

b) Descompacte

tar xzvf hlbr-1.5rc2.tar.gz


c) Entre no diretório

cd hlbr-1.5-rc2


d) Faça a compilação e instalação com:

./configure
make
make install


5 - Configurando


a) Vá para o diretório /etc/hlbr

cd /etc/hlbr

b) Abra o arquivo de configuração hlbr.config

vi hlbr.config

Aqui você deverá apontar quais são os servidores e máquinas que você quer proteger. Veja que o HLBR traz alguns exemplos para que você possa alterar de acordo com as suas necessidades. Veja abaixo:

<IPList www>
200.xxx.yyy.195
200.xxx.yyy.196
</list>

<IPList dns>
200.xxx.yyy.195
200.xxx.yyy.197
</list>

<IPList email>
200.xxx.yyy.198
</list>

<IPList firewall>
200.xxx.yyy.210
</list>

<IPList network>
200.xxx.yyy.192/26
</list>

<IPList others>
200.xxx.yyy.194
200.xxx.yyy.199
</list>

<IPList servers>
www
dns
email
firewall
others
200.xxx.yyy.209
</list>

Você deverá trocar os IPs para os correspondentes dos seus servidores.
Abaixo um exemplo utilizando IPs de redes locais, mas com certeza você irá colocar os IPs reais dos seus servidores (caso o HLBR esteja protegendo sua WAN). Se o HLBR estiver em rede local, protegendo servidores ou uma DMZ, o exemplo abaixo é válido.

<IPList www>
192.168.0.1
</list>

<IPList dns>
192.168.0.2
</list>

<IPList email>
192.168.0.3
</list>

<IPList firewall>
192.168.0.4
</list>

<IPList network>
192.168.0.0/24
</list>

<IPList others>
192.168.0.5
</list>

<IPList servers>
www
dns
email
firewall
others
</list>


c) Para configurar as regras

O HLBR já vem com muitas regras prontas. Todas elas ficam dentro do diretório /etc/hlbr/rules em vários arquivos. Geralmente, estes arquivos armazenam regras por assunto. Por exemplo: o arquivo webattacks.rules trazem regras que inibem ataques aos servidores webs. Um arquivo pode (e deve) armazenar diversas regras.
Abaixo, veja um exemplo de uma regra que impede que usuários tentem fazer a mudança de diretório no seu servidor web e visualizar informações importantes como o arquivo de senhas do seu servidor. Esta regra está no arquivo /etc/hlbr/rules/passwd.rules

<rule>
ip dst(servers)
tcp dst(53,80,110,220)
tcp content(/etc/passwd)
message=(passwd-1) /etc/passwd call
action=action1
</rule>

Note que toda regra começa com a tag <rules> e termina com </rule> o parâmetro ip dst está apontando para os servers que foi descrito no arquivo /etc/hlbr/hlbr.config. As portas destino estão especificadas no parâmetro tcp dst e o conteúdo malicioso é detectado através de tcp content, ou seja, caso seja invocado a string "/etc/passwd" o HLBR irá tomar uma atitude descrita em action.
As "actions" (ações) estão definidas no arquivo /etc/hlbr/hlbr.config. Na instalação padrão existem 3 actions:


<action action1>
response=alert file(/var/log/hlbr/hlbr.log)
response=dump packet(/var/log/hlbr/hlbr.dump)
response=drop
</action>

<action action2>
response=alert file(/var/log/hlbr/hlbr-2.log)
response=dump packet(/var/log/hlbr/hlbr-2.dump)
</action>

<action virus>
response=alert file(/var/log/hlbr/virus.log)
response=dump packet(/var/log/hlbr/virus.dump)
response=drop
</action>


Os parâmetros utilizados nas actions são:
alert file
Caminho do arquivo onde será gravado o log.

dump packet
Caminho do arquivo de dump no formato do TCPDump.

drop
Caso este parâmetro seja declarado, o pacote será negado e descartado pelo HLBR.

7 - Onde Posicionar o HLBR ?

O HLBR pode ser posicionado de diversas maneiras. A Mais comum é você colocá-lo na frente de seu firewall e depois do seu roteador.
Por exemplo: Entre seu roteador em casa e seu PC.
Veja na figura abaixo:



Um um ambiente corporativo, não vai ser necessário alterar sua atual estrutura de rede, você pode estar usando qualquer tipo de arquitetura de firewall com ou sem DMZ, Honeynet ou qualquer outro recurso. O HLBR não vai alterar em nada, basta colocá-lo da seguinte maneira:



Ou você pode proteger sua rede utilizando um HLBR na entrada da rede e outro HLBR junto aos usuários, que na maioria das vezes são os nossos inimigos em potencial.




8 - Vídeos do HLBR em Ação!!!

Se você quer ver o HLBR em ação, você pode ver através dos seguintes vídeos:

Vídeo 1: Ataque a um servidor DNS sem o HLBR

Vídeo 2: Ataque a um servidor DNS com o HLBR

Vídeo 3: Ataque a um Servidor HTTP

Brinde:
Vídeo Brinde: Se quiser ver um vídeo de como é feita a instalação do HLBR veja aqui

Obs: Todos os vídeos foram produzidos pela equipe do HLBR.

9 - Colocando pra funcionar!!!!

a) Para iniciar o servidor HLBR dê o seguinte comando:

/etc/initd.d/hlbr start


b) Verifique se o HLBR está no ar:

ps aux | grep hlbr


c) Para parar o HLBR

/etc/initd.d/hlbr stop


d) Se você prefere usar a inicialização em linha de comando, veja os parâmetros possíveis:

10 - Logs

Todos os logs do HLBR estão em /var/log/hlbr (local padrão). Lá você encontrará um arquivos textos com extensão .log e arquivos de dump do tcpdump com extensão dump.

Para visualizar os arquivo de log em modo texto basta usar o vi.

Ex: vi hlbr.log

Para visualizar os dumps do tcpdump, utilize a seguinte sintaxe:

tcpdump -s 1500 -vvv -tttt -X -r hlbr.dump

Onde:

-s: Tamanho máximo do segmento (mtu)

-vvv: Em modo detalhado

-tttt: Modo de tempo detalhado (hora e data)

-X: Exibe os valores em Hexadecimal

-r: Especifica o arquivo de entrada.

11 - Colocando no ar de forma definitiva

Você pode colocar em um arquivo de incialização do linux para toda vez que a máquina for ligada, a ponte seja "armada" e o hlbr esteja sempre analisando o tráfego.

Use o /etc/initd.d/bootmisc.sh e coloque a seguinte linha lá:

hlbr -c /etc/hlbr/hlbr.config -r /etc/hlbr/hlbr.rules

Ou utilize o seguinte comando no Debian:

update-rc.d -n hlbr defaults

Referências:

http://hlbr.sourceforge.net
http://www.eriberto.pro.br
http://bertelli.name

Obs: Este tutorial foi baseado no artigo de Eriberto Mota e André Bertelli.

Este artigo foi publicado no VivaoLinux e pode ser acessado aqui



quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ajude a sustentar a Wikipédia e outros projetos, sem colocar a mão no bolso, e concorra a um Eee PC!

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quinta-feira, 19 de junho de 2008

Tipos de Ataques a Redes de Computadores



Que tipos de ataques uma rede de computadores pode sofrer? Neste artigo, listo os principais.

Probing

Não é uma técnica de invasão propriamente dita, mas sim uma forma de obter informações sobre a rede. A informação obtida pode ser usada como base para uma possível invasão.

Vírus

São pequenos programas criados para causarem algum tipo de dano a um computador. Este dano pode ser lentidão, exclusão de arquivos e até a inutilização do Sistema Operacional.

Rootkits

Um invasor, ao realizar uma invasão, pode utilizar mecanismos para esconder e assegurar a sua presença no computador comprometido. O conjunto de programas que fornece estes mecanismos é conhecido como rootkit.

Backdoors

Técnica que o invasor usa para deixar uma porta aberta depois de uma invasão para que ele possa voltar facilmente ao sistema invadido para novas realizações. Geralmente, os backdoors se apresentam no sistema em forma de Rootkits.

Worms

É um programa auto-replicante, semelhante a um vírus. O vírus infecta um programa e necessita deste programa hospedeiro para se propagar, o worm é um programa completo e não precisa de outro programa para se propagar.
Spywares

Spyware consiste no software de computador que recolhe a informação sobre um usuário do computador e transmite então esta informação a uma entidade externa sem o conhecimento ou o consentimento informado do usuário.

Buffer Overflow

É a técnica de tentar armazenar mais dados do que a memória suporta, causando erros e possibilitado a entrada do invasor.
Geralmente em um ataque de buffer overflow o atacante consegue o domínio do programa atacado e privilégio de administrador na máquina hospedeira.

Exploits

São pequenos programas escritos geralmente em linguagem C que exploram vulnerabilidades conhecidas. Geralmente são escritos pelos “verdadeiros hackers” e são utilizados por pessoas sem conhecimento da vulnerabilidade. Estes tipos de programas atraem o público por que geralmente são muito pequenos, fáceis de usar e o “benefício” que ele proporciona é imediato e satisfatório.

Password Crackers

São programas utilizados para descobrir as senhas dos usuários. Estes programas geralmente são muito lentos, pois usam enormes dicionários com o máximo de combinações possíveis de senhas e ficam testando uma a uma até achar a senha armazenada no sistema. Este tipo de descoberta de senha é chamado de Ataque de força bruta. Estes programas também podem ser utilizados pelos administradores de sistema para descobrir senhas fracas dos seus usuários.

Denial Of Services

A principal função desse ataque é impedir que os usuários façam acesso a um determinado serviço. Consiste em derrubar conexões e/ou serviços pelo excesso de dados enviados simultaneamente a uma determinada máquina e/ou rede. Estes tipos de ataques também são conhecidos como flood (inundação).

Spoofing

É uma técnica que consiste em mascarar (spoof) pacotes IP com endereços remetentes falsificados. O atacante para não ser identificado falsifica o seu número de IP ao atacar para que nenhuma técnica de rastreá-lo tenha sucesso. Geralmente os números utilizados são de redes locais, como 192.168.x.x, 10.x.x.x ou 172.16.x.x. Estes números não são roteáveis e fica quase impossível o rastreamento. Porém é fácil impedir um ataque com o IP “Spooffado”.

Mail Bomb

É a técnica de inundar um computador com mensagens eletrônicas. Em geral, o agressor usa um script para gerar um fluxo contínuo de mensagens e abarrotar a caixa postal de alguém. A sobrecarga tende a provocar negação de serviço no servidor de e-mail.

Phreaking

É o uso indevido de linhas telefônicas, fixas ou celulares. No passado, os phreakers empregavam gravadores de fita e outros dispositivos para produzir sinais de controle e enganar o sistema de telefonia. Conforme as companhias telefônicas foram reforçando a segurança, as técnicas tornaram-se mais complexas. Hoje, o phreaking é uma atividade elaborada, que poucos hackers dominam.

Smurf

Consiste em mandar sucessivos Pings para um endereço de broadcast fingindo-se passar por outra máquina, utilizando a técnica de Spoofing. Quando estas solicitações começarem a ser respondidas, o sistema alvo será inundado (flood) pelas respostas do servidor. Geralmente se escolhe para estes tipos de ataques, servidores em backbones de altíssima velocidade e banda, para que o efeito seja eficaz.


Sniffing

É a técnica de capturar as informações de uma determinada máquina ou o tráfego de uma rede sem autorização para coletar dados, senhas, nomes e comportamento dos usuários. Os programas geralmente capturam tudo que passa e depois utilizam filtros para que possa facilitar a vida do “sniffador”. Existem sniffers específicos de protocolos como o imsniffer que captura apenas as conversas via MSN Messenger em uma rede.

Scamming

Técnica que visa roubar senhas e números de contas de clientes bancários enviando um e-mail falso oferecendo um serviço na página do banco. A maioria dos bancos não envia e-mails oferecendo nada, portanto qualquer e-mail desta espécie é falso.

Teclado virtual falso

Software malicioso que abre uma tela de teclado virtual clonado exatamente sobre o teclado virtual legítimo do banco, para que o usuário informe os seus dados nele.

Key Loggers

Software que captura os dados digitados no teclado do computador, como senhas e números de cartões de crédito.

Mouse Loggers

Software que captura os movimentos do mouse e cliques de botões, com o objetivo de contornar os teclados virtuais dos bancos. Os mais recentes capturam, inclusive, uma pequena imagem da área onde o clique do mouse ocorreu, para driblar teclados virtuais que embaralham suas teclas.

DNS Poisoning

Um atacante compromete um servidor DNS para, quando este receber a solicitação de resolução de uma URL de interesse (por exemplo, www.bb.com.br), devolver o endereço IP de um site clonado ou malicioso, desviando o usuário sem que este perceba. Este tipo de ataque também é conhecido como “Envenenamento de DNS”.

BHOs

Browser Helper Objects são DLLs que funcionam como plugins do Internet Explorer, podendo ver (e alterar) todos os dados que trafegam entre o computador e um servidor web. Nem todos são, necessariamente, maliciosos, mas são muito usados para construir em cavalos-de-tróia e spyware.

Clonagem de URLs

URLs podem ser clonadas por semelhança (wwwbancobrasil.com.br, www.bbrasil.com.br, www.bbrazil.com.br, www.bancodobrasil.com.br, www.bbrasill.com.br) ou por falhas de segurança de browsers (por exemplo, falhas de interpretação de nomes de site em unicode).

Scanning de memória/DLL Injection

Técnicas usadas por um programa para acessar a memória ocupada por outro programa, podendo assim ler dados sensíveis como a senha informada pelo usuário e chaves criptográficas.

SQL Injection

Trata-se da manipulação de uma instrução SQL através das variáveis que compõem os parâmetros recebidos por um script, tal como PHP, ASP, entre outros.
Este tipo de ataque consiste em passar parâmetros a mais via barra de navegação do navegador, inserindo instruções não esperadas pelo banco de dados. Geralmente o atacante utiliza destas ferramentas para roubar dados ou danificar a base de dados que está no servidor.

Spam e Fishing

É o envio de mensagens não solicitadas, em grande número, a destinatários desconhecidos. O Spam propriamente dito não é um ataque. Mas o problema é que muitas vezes vem com links maliciosos onde geralmente instalam vírus na máquina, spyware ou até um keylogger. Cerca de 60% do tráfego da Internet hoje é somente de Spam.

Engenharia Social

Na verdade este não é propriamente dito um tipo de ataque a redes de computadores, porém é um ataque ao ser humano. Usar de técnicas como: passar por outra pessoa no telefone pedir informações sigilosas da empresa ou até recompensar um funcionário por dados importantes fazem parte da Engenharia Social.

Bots

Como um worm, o bot é um programa capaz se propagar automaticamente, explorando vulnerabilidades existentes ou falhas na configuração de softwares instalados em um computador. Normalmente, o bot se conecta a um servidor de IRC e mantém contato com seu “dono”, esperando por instruções. O bot sozinho não faz nada, ele apenas é uma porta de entrada para o invasor. Os bots funcionam como backdoors.

Liberado o HLBR 1.5RC2


Eriberto Mota, um dos mantenedores do HLBR escreveu no fórum que foi liberado a versão 1.5 Beta RC2 do IPS HLBR, poucas semanas após a liberação do 1.5 RC1.
A comunidade agradece, pois estavamos sem atualização a mais de 2 anos.!!!
Já estou utilizando em ambiente de produção o 1.5Rc1. E postarei os resultados e impressões aqui em breve
Parabéns a toda a equipe do HLBR!
Quem quiser testá-lo, vá em http://hlbr.sourceforge.net e siga as instruções.
Um tutorial bastante completo está publicado aqui neste blog.

Frase do Dia

"Algumas vezes apenas é necessário uma mudança de ponto de vista para converter um enfadonho dever em uma interessante oportunidade".

Alberta Flanders

Mapas Mentais

Mapa mental, ou mapa da mente é o nome dado para um tipo de diagrama, sistematizado pelo inglês Tony Buzan, voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual; para a compreensão e solução de problemas; na memorização e aprendizado; na criação de manuais, livros e palestras; como ferramenta de brainstorming; e no auxílio da gestão estratégica de uma empresa ou negócio.

Você conhece um software muito interessante chamado FreeMind. Sua principal função é criar e editar Mapas Mentais. A instalação do programa é muito simples e a interface é bastante intuitiva. Em poucos é possível criar seu primeiro mapa mental.

Um bom caminho para você começar, é através do Free Mind

Você não sabe o que é um mapa mental? Veja aqui um bons exemplos:





Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa_mental

Adesivos de Graça!!!

Como já sabemos, existem várias formas de contribuir com o movimento do Software Livre. Uma das formas mais interessantes é a divulgação. Existe um projeto chamado Free Software Sticker Book que tem o objetivo de promover o Software Livre através de adesivos, isso mesmo, adesivos livres. Você faz o download do Sticker Book em formato PDF ou ODG, imprime em papel adesivo depois recorta e sai por aí colando em notebook, desktop, servidor e onde
mais a sua imaginação mandar.

Fonte:
http://diariodeuminformata.wordpress.com/

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sony Rolly in Motion

Este é o mais novo brinquedinho da sony. Um Player que é capaz de interpretar a música ou fazer movimentos pré-determinados através de um software.
Vale a pena ver este vídeo!