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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Aula 13 - Permissões especiais GNU/Linux



Tipos de permissões especiais GNU/Linux

Autor: Gabriel Santana
Data: 04/12/2004
Artigo totalmente reproduzido de:

Introdução: SUID, SGUID, STICKY

No artigo anterior  vimos como funcionam as permissões pelo modo octal e literal. Vimos um pouco também sobre o funcionamento do umask.

Agora vamos estudar como funcionam os tipos de permissões especiais, que afetam arquivos executáveis e diretórios: SUID, SGUID e STICKY, conhecidos também como permissões de sistema.

SUID
Se este bit estiver ligado em um arquivo executável, isso indica que que ele vai rodar com as permissões do seu dono (o proprietário do arquivo) e não com as permissões do usuário que o executou.
OBS: Só tem efeito em arquivos executáveis.

SGUID
Faz o mesmo que o SUID, mas agora o arquivo executado vai rodar com as permissões do grupo do arquivo. Se aplicado a um diretório, força os arquivos/diretórios criados dentro dele a ter o mesmo grupo do diretório pai, ao invés do grupo primário do usuário que o criou.

STICKY
Se este bit for ativado, faz com que arquivos criados em um determinado diretório só possam ser apagados por quem o criou (dono) ou pelo super-usuário do sistema. Um exemplo de uso do STICKY é o diretório /tmp.

Tabela de Valores
SUID      4
SGUID  2
STICKY  1

SUID
Para demonstrar o uso do SUID vou dar como exemplo o comando shutdown, que é utilizado para desligar e reiniciar o sistema, mas que só pode ser executado pelo usuário root. Mesmo se você der permissão através do "chmod 755 /sbin/shutdown", o usuário comum não vai conseguir realizar a execução deste, somente o root.
Vamos lá!

# groupadd shutdown
# gpasswd -a gabriel shutdown
# chown root:shutdown /sbin/shutdown
# chmod 4750 /sbin/shutdown
# ln -s /sbin/shutdown /bin/shutdown

Comentários dos comandos acima:
groupadd : adiciona um novo grupo ao sistema.
gpasswd -a : adiciona um novo membro a um grupo.
chown : : muda o dono e o grupo de um arquivo/diretório.
chmod : liga o bit SUID junto com as novas permissões.
-ln -s : cria um link simbólico de um arquivo/diretório.

Agora, logue-se novamente no shell:
# su - gabriel

Agora teste o comando shutdown. Não esqueça de voltar e terminar de ler o artigo ;D.
# shutdown -h now

OBS 1: Reparem que, se olharmos as permissões do comando shutdown, veremos um 's' na permissão do dono no lugar do 'x', isto indica que o bit SUID está ligado.
OBS 2: 'su - gabriel' utilizei para que o sistema atualize-se e reconheça que o usuário 'gabriel' agora faz parte também do grupo shutdown. Outra forma de fazer isso seria logar-se novamente, o que seria chato pois seria necessário sair do X. Caso conheçam uma outra maneira de fazer a mesma coisa favor postem aqui.


SGUID
O bit SGUID tem a mesma função do bit SUID, só que agora é usada a permissão do grupo do arquivo para executá-lo. O SGUID também tem uma outra função, que funciona em diretórios. Quando este bit está ligado em um diretório ele possibilita que todos arquivos/diretórios criados dentro dele pertençam ao mesmo grupo desse diretório.
Vamos a um exemplos para que possamos entender.

# cd /tmp
# mkdir publico
# ls -l publico
drwxr-xr-x  2 root root  48 2004-11-24 21:21 publico

Veja que só o root pode escrever nele, ou seja, criar arquivos e diretórios.

Vamos ligar o bit SGUID neste diretório.

# chmod 2777 publico
# ls -l publico
drwxrwsrwx  2 root root  48 2004-11-24 21:21 publico

Observe que o 's' indica que o bit SGUID está ligado. Agora entre neste diretório com outros usuários, crie arquivos e diretórios, e repare que os arquivos e diretórios criados pertencem ao mesmo grupo do diretório pai (diretório antecedente).

Exemplo:
$ mkdir testando
$ ls -l
drwxr-sr-x  2 linuxba root 48 2004-11-24 21:31 testando

Vamos para o próximo.

STICKY
Bom, o bit STICKY não tem segredo. Como vocês já sabem, ele faz com que um diretório funcione igual ao diretório /tmp, onde todos os usuários podem criar arquivos/diretórios mas só o próprio dono do arquivo/diretório ou o usuário root podem excluí-los.

# cd /tmp
# mkdir corrimao
# chmod 1777 corrimao

$ cd /tmp/corrimao
$ mkdir teste

# ls -l
drwxr-xr-x  2 linuxba users 48 2004-11-24 21:47 teste

Vamos dar uma olhada na conclusão. ;D

 Conclusão
Bom, é isso ai pessoal, este artigo na verdade é uma continuação do artigo anterior, onde foram abordados os tipos de permissões do sistema GNU/Linux.

Para que você aprenda (e não decore) o que foi passado neste artigo, pratique e tente entender a lógica da coisa, pois assim você vai aprender e será muito difícil de esquecer. E fiquem à vontade quanto aos comentários.

Artigos recomendados:

Até a próxima!

Gabriel Santana
Nick: m4sk4r4
CompactNick: m4sk




segunda-feira, 6 de maio de 2013

Configuração de Rede no Redhat e CentOS


Segue o resumo de comandos e conceitos vistos em Sala de Aula.
Este é um material de apoio aos meus alunos que tem todo embasamento durante as aulas presenciais.

Você pode encontrar todos os resumos de aula no link abaixo:

Na Aula 6  vimos a configuração de Rede nas distribuições baseada em Debian.
Desta vez, vamos configurar a conexão de rede nas distribuições baseadas em Redhat/CentOS.

Obs: Caso você esteja montando um servidor, aconselho parar o configurador de Rede da Interface Gráfica:

1 - Pare o NetworkManager 
# service NetworkManager stop

2 - Desative o NetworkManager da inicialização padrão do Redhat/CentOS
# chkconfig --del NetworkManager

3 - Acesse o diretório de configuração da rede
# cd /etc/sysconfig/network-scripts

4 - Crie o arquivo de configuração da eth0
# vim ifcfg-eth0
E escreva o conteúdo abaixo: (Se quiser, você pode fazer a mesma configuração abaixo)
DEVICE=eth0
IPADDR=10.0.0.1
NETMASK=255.0.0.0
GATEWAY=10.0.0.254
DNS1=8.8.8.8
DNS2=8.8.4.4
ONBOOT=yes

Salve o arquivo.

Para reiniciar o serviço de rede no CentOS use:
# service network restart
ou
# /etc/init.d/network restart

Para iniciar a rede automaticamente no Boot
# chkconfig --add network

Para listar inicialização dos daemons do Redhat/CentOS faça:
# chkconfig --list

Obs: Veja se a coluna correspondente ao nível 3 e 5 estão com on ou off conforme a sua configuração.

Depois das configurações feitas, execute os seguintes comandos para verificar as configurações de rede:

Para listar o ip
# ifconfig

Para exibir as configurações de DNS
# cat /etc/resolv.conf

Para exibir o Default Gateway
# route -n

Vamos agora configurar agora o nome e domínio da máquina.
Vamos tomar como exemplo o nome servidor.dailson.com.br

Configurando o Nome e domínio
# vim /etc/hosts
Acrescente a linha com Seu IP, Nome FQDN e apelido (alias)
127.0.0.1 localhost.localdomain   localhost
10.0.0.1  servidor.dailson.com.br   servidor

No arquivo /etc/sysconfig/network procure a linha HOSTNAME e coloque o seguinte valor:
HOSTNAME=servidor.dailson.com.br

Testando as configurações:

Para verificar o nome da máquina
# hostname

Para verificar o domínio
# dnsdomainname

Para verificar a resolução de DNS
# ping servidor.dailson.com.br
# ping servidor

Caso algum comando acima retorne erro ou retorne vazio, você deve voltar aos arquivos de configuração e checá-los novamente.

Obs: Você também pode usar o configurador do Redhat/CentOS
# system-config-network


Criando Interfaces virtuais:
A maneira mais prática, é copiar o arquivo da interface eth0 atual para o novo arquivo e fazer a mudança de IPs.
# cd /etc/sysconfig/network-scripts
# cp ifcfg-eth0 ifcfg-eth0:0

Abra o arquivo e faça a alteração para o novo IP. Note que foram retiradas as linhas de DNS1, DNS2 e GATEWAY. Isso foi feito, porque é o mesmo da eth0. Porém se você deixar, o sistema não acusa erro.
DEVICE=eth0:0
IPADDR=10.0.0.2
NETMASK=255.0.0.0
ONBOOT=yes


Se você tem dúvida sobre o cálculo do endreço de broadcast e network, sugiro a instalação do aplicativo ipcalc:
# apt-get install ipcalc

E depois coloque o ip para o ipcalc devolver todos os parâmentros de configuração da sua rede.
Exemplo:
# ipcalc 192.168.0.1

A resposta desse comando, são todos os cálculos para seu IP. Veja o resultado para o IP acima: